A Petrobras, criada em 1953, manteve por quatro décadas o monopólio sobre a pesquisa, refino e transporte de petróleo no Brasil. Esse cenário mudou em 1997, quando a promulgação da Lei 9.478 abriu o setor para outras empresas estabelecidas no país, permitindo que atuassem em todas as etapas da cadeia petrolífera.
Apesar da abertura do mercado, a Petrobras continua sendo a principal referência no setor energético nacional e uma das maiores empresas do mundo especializadas na extração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. Sua atuação estratégica a mantém no centro da produção e distribuição de combustíveis no Brasil.
A empresa enfrentou uma das maiores crises de sua história com as denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lava Jato. Entre 2013 e 2018, acumulou perdas superiores a R$ 70 bilhões, impactando sua reputação e resultados financeiros. Segundo dados oficiais, entre 2004 e 2012, a estatal registrou perdas de aproximadamente R$ 6 bilhões devido a práticas ilícitas. No entanto, a companhia afirma que seu novo modelo de governança foi reformulado para garantir maior transparência e evitar irregularidades semelhantes no futuro.
A Petrobras opera como uma empresa de economia mista e tem seu controle acionário majoritário sob a gestão do Governo Federal. Atualmente, emprega mais de 60 mil trabalhadores e possui uma produção diária de cerca de 1,7 milhão de barris de derivados de petróleo. Seu capital é negociado nas principais bolsas de valores internacionais, incluindo São Paulo, Nova Iorque, Madri e Buenos Aires, com ações divididas entre ordinárias (PETR3, PBR e ADR) e preferenciais (PETR4, PBR/A-ADR).
Desempenho do Papel PETR4 no Mercado
No fechamento mais recente, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) registraram queda de 0,36%, sendo cotadas a R$ 38,25. Durante o dia, os papéis oscilaram entre a mínima de R$ 37,88 e a máxima de R$ 38,50. No mês, a desvalorização acumulada é de 5,71%, mesma variação registrada no acumulado de 2025. Considerando os últimos 52 semanas, a PETR4 apresenta uma queda de 9,05%.
Os negócios movimentaram um volume de R$ 4,32 milhões, com um total de 18.606 operações realizadas. A cotação da ação abriu o pregão a R$ 38,45, ligeiramente acima do fechamento anterior, que foi de R$ 38,39.
A volatilidade do papel reflete fatores internos e externos que influenciam o mercado de energia, incluindo oscilações no preço do petróleo, mudanças na política econômica e decisões estratégicas da empresa. A Petrobras segue sendo um dos principais ativos da Bolsa de Valores brasileira, atraindo investidores que acompanham de perto sua performance e impacto na economia nacional.